X-mas F.O.D.A.
Nesta época natalícia (X-mas) Fumo’s Organization for Dynamic
Athletes, estaria prevista a presença do atleta Hélio Fumo, para as famosas
selfies, mas por motivos pessoais, encontrou-se ausente, por uma boa razão,
parabéns por seres pai. Um Trail em modo de treino, foi desta forma que um
grupo de boa disposição se juntou e reuniu as condições necessárias para
proporcionar uma reunião de amantes desta modalidade e ter conseguido organizar
um evento solidário. O custo da participação seria produtos alimentares ou de
higiene para doar a uma instituição, no entanto, nada foi deixado ao acaso,
tudo bem elaborado pelo grupo Trilhos dos Pernetas em colaboração da Câmara
Municipal de Santa Maria da Feira.
Domingo chuvoso…
Este seria mais uma “prova” para o “Lobo Solitário”
se desafiar, percorrer os trilhos e ter a possibilidade de contribuir para uma
instituição. Um desafio perto de casa, apesar de não ser no âmbito competitivo
seria bom para testar os limites, pois o domingo chuvoso era certo e o frio não
iria abandonar os participantes. Desta vez não me aventurei sozinho e
partilhamos carro, como ia há distância mais longa, lá tinham de esperar por
mim, não era visto como um problema para a Ana e para o Pedro. Fomos levantar o
que tínhamos direito, não as ofertas habitualmente dadas pelas organizações,
mas desta vez a oferta seria dos participantes, no entanto, o sorteio de vários
prémios tiveram lugar 15 minutos antes da partida, sempre com muita diversão.
Partida…
Depois dos sorteios iniciais, não fui contemplado com nada,
mas sou grato por ter conseguido realizar um donativo e entreguei várias, pensando
em parte na ceia de Natal. Nada de controle na partida e após a separação dos
participantes dos 19 km e da prova dos 10 km, pouco depois da hora prevista, é
dada a partida e seguimos em direcção ao frio e à chuva, fruta da época. Em
pouco tempo, estávamos nos trilhos, curioso com o que poderia encontrar, mas
desde logo percebo que as marcações estavam bem sinalizadas, monte acima e
monte abaixo, muita lama e água, pouca estrada… Uma pequena paragem num single
track e uma subida curta e acentuada, com pequenos degraus e a malta lá tinha
de colocar as mãos para auxiliar a pequena escalada.
Separação de percursos…
O Trail estava a correr bem, no entanto, consigo perceber
esta fase inicial não estava de todo fácil, pois o corpo não estava a reagir,
sentia-me lento e as subidas estavam a ser penosas, mas é sempre assim na fase
inicial, apenas depois de cerca de 8 a 10 km consigo acelerar e manter um ritmo
constante. Após a separação dos percursos, pensei que seria a parte mais ligeira
para a distância mais longa, estava redondamente enganado. Quando começo a
sentir-me mais solto, não sei se por uma ligeira descida se pelo tempo que a
prova decorria, começo a aumentar o ritmo, surge ao km 9 uma verdadeira
“parede”, quando pensas que seria fácil… Passo a passo, vou subindo com o
objetivo de chegar ao topo…
Descida técnica…
Era nesta fase que surgiam as verdadeiras subidas, quanto
mais subimos mais sentido era o vento, chuva e frio, não faltavam ingredientes
para a prova ser bem sucedida... Ahahah… Depois de subidas constantes e
acentuadas início uma descida, onde me sinto bem e gosto, em pouco visualizo o
primeiro abastecimento da prova, abastecer as garrafas comer algo, para um
evento solidário e para a distância do desafio os abastecimentos estavam
completos, um pouco de tudo. Em tom de brincadeira, não podiam estes
organizadores entrar numa de sérios, é por isso que este grupo é excelente,
organiza bem e sempre com bastante animação, somos alertados que o estradão
iria continuar e depois iria surgir uma descida técnica, um pouco perigosa,
pensei, bom descida técnica, estou em casa…
Recuperar o tempo…
Estava embalado na descida, apenas sei que aqui me sinto
motivado, até consigo por vezes, recuperar algum tempo. Após terminar o
estradão, surgia a parte da pedra solta que tínhamos sido alertados, mas como
sempre digo, um dia corre mal e ficas com medo de descer… Ahahah… Vou saltando
de pedra e pedra, passando malta mais receosa mas não consigo ir lento, por
vezes, dou uma ou duas passadas para recuperar um pouco o fôlego e sigo a curtir
as descidas. Quando termina, voltamos a apanhar o trilho em conjunto com a
prova dos 10 km e claro que a contagem decrescente para o final da prova já
tinha começado a algum tempo, mas até aqui não me tinha cruzado por rio, mas
cada vez estava a ser mais difícil de conseguir me manter seco…
Lama e muita água…
Seria a partir daqui que estávamos a ser presenteados com
muita lama e caminhos sem possível escapatória aos “lagos” de água. Em pouca
distância, surge água sem escapatória, rapidamente o nível alcança a cintura e
uma mistura de lama e água inunda a roupa, correr nesta zona torna-se difícil,
mas arrisco, uma boa escorregadela e caí de rabo no chão, rapidamente me
levanto e tento correr, equilibrando-me, por meio de rodados escondidos debaixo
da água lamacenta… Já faltava pouco pois a meta já era visível, ou melhor as
zonas circundantes do campo de futebol, uma subida e estaria concluído…
A sandes e a bejeca…
Este evento já está concluído, mas quando pensava em ir
tomar banho, pedem para comermos a sande e a cerveja que estava incluída, esta organização
não deixa nada ao acaso. E vos confesso estava excelente, confesso que estava
com fome e esta “medalha” final soube pela alma. Buscar o saco e tomar um
banho, pena estar frio, mas o sistema não deve estar preparado para tanta
adesão de malta louca… Ahahah
Avaliação final…
A minha avaliação da prova é excelente, na minha opinião
nada faltou, desde as excelentes marcações, abastecimentos completos e o menu
final, abre o apetite para a prova no dia 1 de Maio organizado por esta malta, por
isso recomendo a vossa inscrição no Trilho dos Pernetas edição 4.7 – edição “anda
cá que eu não te aleijo”, no final presenteados com uma sandes de presunto com
ovo estrelado e a famosa “bejeca”, a distância de 50 km encontra-se já
esgotada… Ahahah.
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